domingo, 2 de dezembro de 2012

OS FILÓSOFOS DO IDEALISMO ALEMÃO


Eles disseram que a gente
só conhece as representações das coisas que
existem, e então se eu gosto de você
eu não gosto de você mas do que minha consciência
acha que você deve ser: objetivação de você

já eu acho que a gente
deveria desconstruir e
 descomplicar 

POEMA DE CHALEIRA PITARELI DE ACORDO COM A LEI FEDERAL 457856U/ 45 ARTIGO 55 - ABC TODA CRIANÇA TEM QUE LER E ESCREVER: BRASIL UM PAÍS DE TOLDOS, GOVERNO FEDERAL (NÃO SE ESQUECER DE SE LEMBRAR DE NÃO SE ESQUECER DE SE LEMBRAR) DESAPARECIDO, FAVOR APARECER!

PERGUNTA: Já que o mundo é uma porcaria, vale mais a pena vivê-lo esculhambando tudo ou pensá-lo kantianamente, fichtianamente, hegelianamente, husserlianamente?

RESPOSTA: Diária de Classe, hoje a comida no recreio foi pão de batata com areia. Me caiu o cu da bunda.  

QUEM É CONTRA OS MAUS TRATOS AOS ANIMAIS POR FAVOR VEJA ESSA IMAGEM CHOCANTE!!!
ESSE RINOCERONTE FOI EMPALHADO VIVO!!! UM ABSURDO!!!!
É POR ISSO QUE EU SEMPRE ME PERGUNTO SE OS VERDADEIROS ANIMAIS SÃO ELES OU SOMOS NÓS.
QUEM GOSTA CURTE E COMPARTILHA.
QUEM NÃO GOSTA SÓ OLHA.

ESSE DA FOTO É O MEU IRMÃO JOÃO MARCELO. ELE ESTÁ DESAPARECIDO
 E EU ESTOU PROCURANDO POR ELE.
ELE SUMIU ENQUANTO BRINCÁVAMOS DE ESCONDE-ESCONDE COM OS PRIMOS AQUI EM CASA.
ATÉ AGORA ELE NÃO APARECEU. EU ESTOU MUITO PREOCUPADO.
QUEM SOUBER ONDE ELE ESTÁ POR FAVOR ME INFORME.
PORQUE EU NÃO QUERO QUE ESSE FILHO DA PUTA SALVE TODOS NO FINAL
E ME FAÇA TER QUE PROCURAR POR TODO MUNDO DE NOVO.
POR FAVOR COMPARTILHEM ESSA IMAGEM!!!!
MUITO OBRIGADA!

QUANDO EU CHEGO VOCÊ VEM ME ENCONTRAR ME APERTA E ME CHAMA PRA DANÇAR VOU ABRAÇANDO VOCÊ VEJO O TEU JEITO DE OLHAR DOU MAIS UM PASSO À FRENTE PARA NÓS DOIS SE AGARRAR Ô Ô Ô Ô ÔÔÔÔ Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô 



sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Final do Mundo

Enquanto não começa a megaprodução AMOR DE ALTERIDADE ACABA NA SAUDADE, a novela que vai fazer explodir o coração do brasileiro (só que de coisas boas e bonitas  tais como: amor, paz, alegria, rinocerontes, Ser e Tempo), ficamos aqui com um breve post sobre nada menos e nada mais do que o FIM DO MUNDO. 

Os Maias estavam errados: o mundo acabou antes do que eles previram. Ele acabou hoje. O mundo todo foi destruído. Eu gosto do fim do mundo. Mas eu nem notei isso porque nesse mesmo dia começou o apocalipse zumbi. Zumbis por todos os lados, pessoas matando zumbis, outros vivos gritando e correndo de medo. Eu gosto de zumbis. Mas eu não notei nada disso porque nesse mesmo dia começou a batalha final entre os elefantes e os rinocerontes. As telas de televisão não mostraram, mas finalmente os pobres rinos acabaram com os malvados fantes. Eu gosto de rinocerontes e detesto os elefantes. Mas eu não vi essa batalha épica, porque nesse mesmo dia todas as pessoas de Porto Alegre formaram uma fila gigante na lotérica. Eu gosto de lotéricas e de suas filas. Mas eu não fazia nem ideia disso porque nesse mesmo dia as fadas despertaram de seu sono mágico e concederam a todas as pessoas boas os seus mais sinceros desejos. Eu gosto de fadas. Mas não fiquei sabendo de nada disso porque nesse mesmo dia todos os cãozinhos de rua conseguiram um dono atencioso e carinhoso. Eu gosto de cachorrinhos. Mas eu não fiquei sabendo disso porque nesse mesmo dia reprisaram episódios da novela Kubancan na televisão. O Pescador Parrudo e suas aventuras héteras. Eu gosto de Kubanacan e gosto do Pescador Parrudo. Mas eu também não soube desse fato porque nesse mesmo dia o cantor Wando ressuscitou. Ele desceu dos céus cantando “você é luz, é raio estrela e luar”. Eu gosto, e muito, do Wando. Mas isso eu também não percebi porque nesse dia teve uma maratona de Pucca na TV. Vinte e quatro horas seguidas só com Pucca e Garu e, no final da maratona, eles finalmente se beijaram. Eu gosto da Pucca e do Garu. Porém esse fato eu também desconheci, mas porque nesse dia Ijuí se tornou a nova capital do país. Ela finalmente teve seu valor reconhecido e todo o Brasil passou a olhar para ela com o devido respeito. Eu gosto de Ijuí. Só que eu não fiquei sabendo disso porque nesse mesmo dia o Grêmio voltou a ser campeão do mundo. Depois de um jogo difícil, nos pênaltis, sofrido, ele voltou a ser o melhor time do planeta. Eu gosto muito do Greminho. Mas disso eu também não soube nada porque nesse dia ainda encontraram textos inéditos de Walter Benjamin escondidos numa biblioteca em Berlim. Esses textos resolveram todas as questões filosóficas que antes estavam abertas no pensamento do autor. Eu gosto de Walter Benjamin. E eu também não fiquei sabendo de nada disso. Nesse dia acabou o mundo, começou o apocalipse zumbi, os rinos venceram sua batalha final contra os fantes, uma fila gigante de lotérica se formou, as fadas despertaram, os cachorrinhos abandonados conseguiram donos, Kubanacan foi reprisada, o Wando desceu dos céus cantando, Pucca e Garu se beijaram, Ijuí foi notada, o Greminho foi campeão do mundo e Walter Benjamin finalmente teve uma filosofia. E eu não notei nada disso porque estava sentado na minha escrivaninha, alheio a tudo, não fazendo nada, nem estudando e nem escrevendo, apenas olhando para o computador, torcendo para você ficar online no chat do facebook e imaginando se eu teria coragem de falar com você mais uma vez. 

ATENÇÃO: COMO NO TRÂNSITO, O MAR TAMBÉM POSSUI SUAS REGRAS DE TRÁFEGO. OS CARROS SÃO COMO AS LANCHAS, AS MOTOS SÃO COMO OS JET-SKIS, OS PEDESTRES SÃO COMO OS BANHISTAS E OS DASEINS SÃO JUNTO-AOS-ENTES. NÃO DEIXE QUE A ALEGRIA DE ALGUÉM MORRA NA PRAIA. 

Logo, logo, teremos a estréia de: AMOR DE ALTERIDADE ACABA NA SAUDADE. 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

AMOR DE ALTERIDADE ACABA NA SAUDADE (DIVULGAÇÃO)

A primeira blog-novela só para héteros está para chegar! Uma novela para toda a família de bem e que irá revolucionar a rede mundial de computadores. Dos mesmo produtores de Kubanacan, com trilha sonora de Wando, dirigida por mim e guiada por Deus e escrita por Chaleira Pitareli, vem aí a novela AMOR DE ALTERIDADE ACABA NA SAUDADE. 

Sinopse: Os intensos debates acadêmicos levaram a humanidade a uma terceira Grande Guerra. Nela as pessoas se dividiram em dois grupos: os analíticos e os desconstrutores. Os analíticos, por serem em menor número, foram brutalmente exterminados, seus livros foram queimados e suas ideias esquecidas. Nada de analítico restou sob a face da terra. Agora, numa sociedade futurística, a religião que tomou conta do mundo é a Alteridade. Nela todos devem venerar o deus Outro, que é infinito. A lei e a ordem se dão conforme as escrituras sagradas deixadas pelo messias Tin. Através delas um rígido controle é imposto aos homens. Porém, Gu, uma pessoa comum, que trabalha no coração de Desconstrutinópolis, capital desse novo mundo, se apaixona pela misteriosa apátrida Alana. Juntos eles descobrirão um segredo que comprometerá toda a ordem existente. 

Quem é a misteriosa apátrida Alana? Que segredo ela e Gu descobrirão? Que aventuras viverá o pacato Gu ao ver sua vidinha completamente transformada da noite para o dia? Por que existe o ser e não antes o nada? Como se faz metafísica depois de Kant? O que o passado da Alteridade esconde nos porões de Desconstrutinópolis? Estarão mesmo os analíticos extintos da face da terra? E principalmente: Poderá o verdadeiro amor triunfar nesse mundo de hospitalidade infinita? 

Tudo isso e muito mais na primeira blog-novela do Blog do Chaleira: AMOR DE ALTERIDADE ACABA NA SAUDADE. 

AMOR DE ALTERIDADE ACABA NA SAUDADE:
E quando o Outro se tornar infinito demais?

AMOR DE ALTERIDADE ACABA NA SAUDADE: Em breve, no blog hétero mais perto de você. 

(Cidadania, a gente se liga em você)



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O menino e a menina

Este post não tem sentido. 
Este post não tem cores. 
Este post não fala de crianças. 
Ele não trata do Chalita e nem do Pescador Parrudo. 
Ele é a quase desejada despedida, é a margarida no portão. 
Esse post é o suspiro de alívio, é a criatividade sem razão.
Ele é tudo o que eu tive e já perdi. 

Num bar, um menino e uma menina ocupam uma mesa e conversam.  O menino não sabia se gostava da menina porque ela era bonita ou se ela era bonita porque ele gostava dela. A menina, por sua vez, olhava para o menino enquanto ele falava sentado à sua frente e se perguntava por que seu desejo escolheu se acomodar justamente naquele rosto em particular, por que naquela boca e naqueles olhos tão singulares. 
Chega o garçom.

Menina (para o garçom): Eu quero um guaraná com uma rodela de limão, por favor.
Menino: Guaraná com limão? Ninguém toma guaraná com limão.
Menina: Eu tomo guaraná com limão. Eu sou alguém. Logo, alguém toma guaraná com limão. 
Menino: Mais de um ano te conhecendo e você ainda me surpreende. Cada dia é uma surpresa. É incrível como você consegue ser diferente nas pequenas coisas, no jeito de ver as pequenas coisas do mundo. 
Menina: E isso é ruim?
Menino: Ruim? Eu não sei. Acho que não. Às vezes sinto um pouco que sim, mas sei lá. Acho que não. 
Menina (do nada): Até quando?
Menino (surpreso): Como? 
Menina (séria): Até quando suportaremos o olhar um do outro?
Menino (sério): Por que essa pergunta agora?
Menina: Não sei, só por perguntar. É que eu acho que me pertences demais. Vai ser estranho o dia em que eu não puder mais te abraçar. Como essas nuvens lá em cima, no céu. Você já pensou em como seria o céu sem as nuvens? 
Menino:  E um céu sem estrelas, então?
Menina: Será que eu ainda consigo olhar pra chuva e não pensar em ti?
Menino: Eu não sei.
Menina: Eu também não sei. 
Menino: Se eu pedir um abraço, você me dá? 
Menina: Dou, eu sempre dou. 

Menino e menina se abraçam. 

Menino (tirando um papel dobrado do bolso e entregando para a menina): Cada coisa que eu escrevo ou é sobre você ou é pra você. Eu sei que no fundo é sobre mim. Ou sobre o abajurzinho que estou tentando comprar e nunca dá. Mas ainda assim é sobre você. Sobre sua mania de comer até a barriga doer, sobre sua mania de tomar vinho e ficar sempre com o canto da boca manchado de vermelho. Eu queria que você escrevesse algo pra mim. Você já escreveu para outros. Então por que não para mim? 
Menina: Sei lá, acho que porque...
Menino (interrompendo): Eu sei a resposta: "porque não é preciso". Você sabe que já me ganhou inteiro, sabe que eu te quis desde que caminhamos juntos aquela noite e rimos bastante até bem tarde.
Menina: Não é bem assim...
Menino: Você só queria um pouco de sexo fácil naquela época...
Menina: Agora eu sei que isso nunca há. Pelo menos não para os românticos que se apaixonam o tempo todo, como a gente. 
Menino: De qualquer forma, naquela época eu ainda era algo raro, algo necessário. Hoje em dia, a raridade é quando eu não acaricio o seus cabelos no meio da noite.
Menina:  Acho que pra você o amor é o bastante. Mas para mim, não. Pra mim ele é demais. 
Menino: E você nunca lê o que eu escrevo. Até o jeito que eu escovo os dentes é para você notar. Mas você faz sempre questão que faça isso com a porta fechada. 
Menina: O nada e o pó. Do pó ao nada, do nada ao pó e o nada ao nada e o pó ao pó e o nada nada e o pó pó e o nada o pó e o pó e o nada e nada, nada e nada. 

O menino e a menina ficam bastante sérios e tristes. O Garçom volta com as bebidas e logo sai. 

Menina: Mas eu não me canso de você. É manhã, é noite, e eu não me canso de você. Eu canso do toalha em cima da cama, canso das roupas atiradas, canso dos calçados espalhados,  canso da louça suja, mas não de você. Eu não me canso de você. Canso da música alta, da falta de grana no final do mês, da sujeira do apartamento, mas eu não me canso de você. Eu canso é de cada pedaço do meu corpo que você não toca mais, canso da mesma posição todas os dias. Mas eu não me canso de você. Eu canso até de cada  olhar seu, de cada gesto seu, e canso também de cada gesto meu. Mas eu não me canso, nunca, de você. 
Menino: É que às vezes me dá uma dorzinha aqui dentro, sabe? Ela começa pequenininha e vai crescendo e crescendo. Você nem nota. Ou finge que não nota. Eu prefiro acreditar que você não nota, para que não doa mais. 

A menina se inclinou e pegou o copo na mesa. Bebeu um gole de bebida e tragou do ar fresco da noite de pós-chuva. Era o jeito que tinha de acalmar o coração. Mas era tarde. Ela estava tensa. Seus gestos denunciavam. Queria, se pudesse, liberar tudo aquilo que estava dentro de si. Vida lenta, decisões demoradas, amores fracassados. Tudo de novo. Sempre sobra quase nada. Não havia mais saída. Ela só não queria chorar. 

Menino (puxando uma flor): Eu lhe trouxe uma flor.
Menina (pegando e olhando para flor): Ela é bem azul, né?
Menino: Sim, bem azul.
Menina: A gente vai se ver de novo, algum dia?
Menino: Não sei. Não é tão simples assim. 
Menina: Mas nós vamos. Vamos sim, eu sei que vamos. Nós vamos. 
Menino: Talvez...
Menina: Pelo menos você vai lembrar de mim de vez em quando? 
Menino: Sempre. Todos os dias.
Menina: Todos os dias? 
Menino: Todos. Vou comprar uma flor azul no final de cada dia, para ajudar a não te esquecer. 
Menina: Como eu posso te mostrar o que eu sinto?
Menino: Só me dá um abraço.
Menina: O último?
Menino: O último. 

O menino e a menina se abraçam de novo. Depois o menino se despede e vai embora. A menina fica sozinha. E então tudo veio abaixo. Ela ficou sentada ali, enxugando o nariz e os olhos com a manga do casaco e torcendo para que ninguém ouvisse seus soluços baixinhos e doídos. Era como se tudo tivesse ficado retorcido e ela não conseguia pensar direito. Ainda mais com aqueles sons ao redor, com aquela música e aquelas conversas. A menina então desdobrou o bilhete que havia sido entregue pelo menino e leu em voz baixa:

"Você não é tão forte quanto imagina. Você é uma virgenzinha que não faz as unhas e nem passa creme no corpo. Você é uma moça do interior que suporta a cidade grande tristemente. Você é uma camponesa assustada que se esconde dos esgotos, das fumaças e da violência. Você é apenas mais uma no meio do barulho, só que você finge não ser derrotada.  Não aguente mais. Não aguente o tranco, a solidão, a falta de carinho. Não aguente mais. Não aguente mais a rotina igual, o apartamento-prisão, o quarto escuro, a louça suja sobre a pia, a falta de sensação, a falta de tesão. Não aguente mais. Faça o que eu digo, faça. Arrume a mala e vá embora. Volte para a família e para as pessoas especiais. Volte para a terrinha encantada, para a vida tranquila e livre, para o morro dos animais. Volte! Espero, sinceramente, que você encontre o caminho de volta para casa". 

Ela não entendeu. Na verdade, ela nunca entendia as coisas que ele escrevia. E a menina pensava tentando se animar:

"Vamos lá, deve ser só a flor azul. Vamos lá, cante uma canção, não deixe a música parar. Vamos lá, agradeça aos céus, agradeça ao nada! Ou então chore desesperadamente. Sinta as lágrimas, sinta o frio. Vamos lá, quebrem esse silêncio, apertem a minha mão. Ouçam as vozes, ouçam os gritos, voem como as mariposas. Vamos lá, pintem o arco-íris, comam cachorro-quente, tomem sorvete, lambuzem-se. Vamos lá, me libertem, não me esqueçam, por favor. Vamos lá, me socorram."

Volta o garçom. 

Garçom: A senhorita gostaria de beber mais alguma coisa?
Menina: Água, por favor. Só água, sem gás. Pura e simplesmente água. 
Garçom: Tudo bem, eu trago em alguns minutinhos.
Menina: Ah, moço, para acompanhar será que você poderia me trazer um pouco de lembranças? Das mais variadas: umas mais leves e outras mais pesadas. É que eu estou precisando comemorar. Vou embora, vou voltar para casa. E preciso de alegria. 

Ainda hoje, quando chove, a menina pensa no menino. Ainda hoje, quando vê uma flor azul, o menino pensa na menina.  Às vezes isso acontece ao mesmo tempo. 





sábado, 10 de novembro de 2012

Dicas para um bom primeiro dia de trabalho

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Existem muitas formas de começar um texto, uma dessas formas é dizer que existem muitas formas de  começar um texto. Hoje eu estou aqui para fazer aquele post maroto para fortalecer o proletariado brasileiro. Sim, essa classe que sofre tanto pegando metrô e sete ônibus toda manhã para ganhar um salário que mal dá para comprar um Kinder Ovo para os sobrinhos no final de semana affff. Então eu darei dicas para você amigo trabalhador, que batalha e leva esse país nas costas (ENQUANTO ISSO O SARNEY LÁ!!!!! ABRE O OLHO BRASIL!!!), de como se comportar para ter um bom primeiro dia de emprego e por que não também um segundo, um terceiro, um quarto e assim por diante até ser demitido por justa causa por usar o computador da firma para ver fotos da Mulher Melancia pelada? (Vocês sabem qual a parte da casa que a Mulher Melancia mais gosta?????? É a sala da defruta kkkkkkkkkk essa foi boa, agora é com você, Didi!!!!1)

Todo mundo sabe que o primeiro dia de trabalho é antes de mais nada um dia e que o importante é sempre começar um dia acordando do lado direito do peito. Ter um bom dia é também acordar, dar um beijo na sua mãe e dizer "mãe, eu te amo". Só que ela não vai entender nada e vai pensar que você está apenas bêbado e/ou drogado, mas você ama ela mesmo com todo seu coração. E depois você se lembra que sua mãe morreu num acidente de trenó e fica boladão pensando que mulher é aquela que está na sua casa alimentando o seu peixe e regando suas plantas (acontece direto comigo kkkkkkk). Começar bem o dia também significa abrir sua rede social preferida e ver lá várias mensagens de seus amigos dizendo que te amam e se sentir amado mesmo que seja apenas no mundo virtual porque no mundo real ninguém te suporta e seu único amigo é uma criança de oito anos filha da vizinha do 409 e que se chama Tobias. 

Mas antes de você ir para o emprego você precisa ser contratado. Uma vez eu trampei de frentista num posto de gasolina e ninguém sabia que eu tava fazendo as paradas lá e no final do mês o gerente não quis me pagar e então eu matei ele e depois ficamos muito amigos e hoje damos muitas risadas pensando nessa anedota tão divertida kkkk. Então você precisa passar pela entrevista de emprego. Aqui vão algumas dicas importantes para arrasar na sua entrevista de emprego:

1- Se o entrevistador perguntar por que você largou seu último emprego, nunca conte que você foi demitido porque urinou no bebedouro. Se a entrevista for feita por uma mulher, conte logo as fofocas e fale do Marcos Pasquim Pescador Parrudo, mas se for um homem hétero (não gay) limite-se a responder "não tinha gostosas lá" (é claro que ele vai entender e você ganhará pontos por isso). 

2- Depois provavelmente irão te perguntar qual seu ponto forte. Novamente, se for uma entrevistadora gatinha e sensual, arregace as mangas, faça um muque com o braço e diga "40 cm de braço, sua delícia" e depois dê uma leve piscadela com seu olho esquerdo. Se for um entrevistador hétero (não gay) fale de futebol, cerveja e mulheres. 

3-  Agora a pergunta é sobre o seu ponto fraco. Não seja clichê e diga "sou muito perfeccionistas". Ouse e responda com toda a sinceridade: "vixe, na verdade, eu fico um pouco violento quando bebo". Você ganhará pontos pela sinceridade e todos te amarão de um jeito hétero na firma. 

4- Pergunta: "Qual foi a coisa mais marcante que você fez no seu último emprego?". Resposta ideal: "Caguei no banheiro, entupi a privada e deixei todo o setor alagado, nossa, todo o repartimento riu muito naquele dia kkkkk, aquele dia foi massa". 

5- E o mais importante, se te perguntarem qual animal você seria, diga um rinoceronte que com toda a certeza você será contratado e ainda por cima fará muito sucesso no churras de final de ano com  direito a discurso emocionado bêbado e presente da hora para o Peçanha do almoxarifado (nem sei que parada é essa kkkkkkk) no amigo secreto. 

Prontinho, agora você já tem um emprego e pode pensar em como será o seu primeiro dia. É muito importante, em tempos como o de hoje, não ser processado por assédio sexual na sua empresa. Mas então como proceder com aquela colega bonita que talvez esteja te dando mole? É necessário ter cuidado, pois todos sabemos que as mulheres não são seres adultos, racionais e responsáveis pelo que dizem, logo, elas dizem uma coisa, mas, na verdade, querem significar outra (tipo Hegel, manja?). Para não deixar vocês nessa enrascada hétero, vou fazer um pequeno dicionário para entender a alma da mulher contemporânea  (igual aquela parada que rola pelo facebook, só que verdadeiro)
"Tô com fome" = Ela só tá com fome e quer ir com você comer um Mc.
"tá calor hoje, né?" = Ela está sentindo calor e o dia está quente. 
"Levinas é tão legal, acho que ele deveria ser mais estudado" = ESSA MINA É DOIDA, AMIGO, SAIA CORRENDO E FUJA DESSA PIRANHA!!!!!!!!!1 

É também de suma importância fazer amigos no emprego para poder no fim da tarde tomar aquele chopp ou pedir aquela Kaiser estupidamente gelada no bar do Peixotão. Para isso não se esqueça que cada ser humano é único, Sim, somos diferentes, porém não iguais. Seja humilde e mantenha sempre um sincero sorriso no rosto. Faça piadas que todos achem engraçadas. Zoe com o funcionário Peçanha, chamando-o de virgem e lembrando que ele mora num porão na casa dos pais kkkkk (ESSE PEÇANHA É UMA FIGURAÇA!!!!!). Se todos rirem de você, isso já é meio caminho andado. Os outros 29% é ser bonito, 25% é ser rico e 38% é ser no mundo.

Mas nós sabemos que o ser humano não é apenas racionalidade e que a superstição também está presente no nosso horizonte hermenêutico. Então vou também ensinar para vocês uma simpatia para que tudo dê certo nesse novo emprego. Primeiro, compre uma galinha viva. Segundo, mate a galinha viva até ela morrer. Depois faça um buraco na galinha sem deixar escorrer sangue. Num pedaço de papel branco em forma de cruz ou em forma do simbolo do Flamengo escreva o nome da pessoa amada. Coloque o papel dentro da galinha e tempere com sal e pimenta a gosto. Depois enterre a galinha no quintal da casa de seu chefe e acenda sete velas. Depois digas essas palavras: "Ofereço essa oferenda para o Anjo da Guarda para ter prosperidade no emprego de (dizer nome do emprego) e deixar o vício em crack". 

O resto é fácil e todos sabem de cor: viva a vida, viva a merda dessa sua vida, finja ser feliz,  "bom dia", "boa tarde", continue com a falsidade diária com doses de arrependimento, sempre leve um maçarico, não use drogas e use o S2, não alimente os animais, não pise na grama, etc.. 

Se trabalho fosse bom, não começava com "tra" de "trabalho"

(TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO LONGE DO ALCANCE DE CRIANÇAS!!!!) 

Impossível ficar perto de você e não olhar para você (CADÊ VOCÊ, JULIÃO????????).

Spoiler da Bíblia: o cara maconheiro morre no final. 

Nunca cheguem numa mina que tá escrito "luto" no lado do nome dela no Face. Sei lá, mas essa família Luto é muito mal humorada. 

AGORA UM PEQUENO ESPAÇO PARA NOSSOS PATROCINADORES:
CHINELOS HEIDEGGER:
DÊ FÉRIAS PARA SEUS PÉS 



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

(SEÇÃO CONVIDADOS) A noite em que transei gostoso com meu professor de Metafísica II - por Cássia, a estudante de filosofia ninfomaníaca

Olá, amigos da rede mundial de computadores! Hoje vamos estrear uma nova seção aqui no Blog do Chaleira. Uma seção em que convidados mais do que especiais irão postar sobre coisas super da hora. E para começar ninguém melhor que minha grande amiga Cássia, a estudante de filosofia ninfomaníaca. Ela vai contar pra gente um continho muito sensual sobre a noite em que transou com seu professor de Metafísica II depois de uma aula sobre o Ser e Tempo. Divirtam-se!

ATENÇÃO: ESSE POST É PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS, PESSOAS COM PROBLEMAS NO CORAÇÃO E HERMENEUTAS. 

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Um oi gostosinho para todos você, leitores do Blog do Chaleira. Primeiro, eu gostaria de agradecer ao meu amigo de loga data, Chaleirinha, pela oportunidade de escrever em seu tão famoso blog. Agora eu irei me apresentar, meninos. Me chamo Cássia e estou no sexto semestre de licenciatura em Filosofia por uma pequena universidade particular. Tenho 22 anos e minha altura é 1, 69 (é o que toda mulher baixinha diz, né? rsrsrsrsrs). Sou morena, mas de pele clarinha. Tenho cabelos lisos e longos, que quase chegam na altura da cintura. Meus olhos são verdes, só que um pouco escuros. Tenho seios que vão de médios para grandes, mas bem empinadinhos e durinhos, coxas grossas e firmes e meu bumbum é bem grande e redondinho. Não quero parecer exibida e nem convencida, mas os meninos sempre falaram que sou muito linda e gostosa. Eu não tenho medo de novas experiências e o que é diferente sempre me atraiu. Tenho sempre muito prazer em experimentar coisas exóticas e um pouco maluquinhas rsrsrsrs. Quando se trata de sexo, então, às vezes eu até chego a perder o controle quando busco diversão e prazer, como na historinha que irei contar para vocês hoje.

Toda terça-feira eu tenho aula de Metafísica II com o professor Aloísio. Ele já é um homem velho, uns 60 anos, muito magro e alto. Meu professor Aloísio é muito sério e parece que não tem muito jeito com as mulheres. Eu não sei por que, mas esse tipo de homem sempre me atraiu muito. Nossas aulas são sobre Heidegger. Sobre o seu livro Ser e Tempo, para ser mais precisa. E se tem uma coisa que me deixa com muito tesão, essa coisa é a fenomenologia hermenêutica heideggeriana. Só de pensar já me contraio de prazer, rsrsrsrsrs. Também tenho muito prazer em provocar os homens, principalmente meus colegas e professores de Filosofia, Gosto de deixá-los loucos de tesão. Por isso, sempre que dá, gosto de ir na aula com roupas apertadinhas, sem sutiã e sem calcinha, pois sei que meu corpo é gostosinho rsrsrs. 

Foi assim que fui na aula naquele dia. Só que naquela aula o profe Aloísio não parava de me olhar de um jeito diferente. E quando eu ficava o encarando, ele ficava vermelho e desviava o olhar. Saquei na hora o que estava acontecendo, mas não fiz nada porque ele é meu professor e eu não quero dar problemas para ele. Depois da aula fiquei conversando com meu colega Marcos (que é doidinho por mim) e acabei perdendo o ônibus. Que droga! Tive que ir para casa a pé. Vocês podem imaginar o sucesso que uma menina bonita como eu faz ao caminhar pela rua depois das dez horas da noite. Eu estava usando uma calça azul escura bem apertada, aquelas que a gente usa na acadêmia, e uma camisa branca bem coladinha, que eu usava para destacar ainda mais meus seios. Como estava saindo de uma aula sobre Heidegger na qual o professor ficou me secando o tempo inteiro, eu estava com um tesão muito grande enquanto caminhava. Assim o tesão aumentou o volume dos meus seios e meus mamilos ficaram durinhos, o que dava pra notar muito bem através da camiseta. E como eu estava sem calcinha e com uma calça bem coladinha no bumbum, dava pra ver perfeitamente o contorno da minha vagina. 


Ao redor de minha universidade tem muitos bares e os rapazes sempre mechem comigo. Naquele dia não foi diferente. Cruzei na frente de uns rapazes que disseram "mas que gostosa, pegava fácil". Fingi que nem ouvi e continuei andando. Caminhei mais um pouco e outro grupo de meninos mexeu comigo. Um deles, que estava mais bêbado e exaltado, disse que me lamberia até eu implorar para ser comida. Senti nojo, mas também um pouco de tesão (sou bem safadinha rsrsrs). Foi quando um carro parou na rua e me ofereceu carona. Fiquei com medo e então notei que era o carro do profe Aloísio. Aceitei a carona.


- É perigoso voltar para casa sozinha essa hora, Cássia. 

- Eu sei, profe, mas é que eu perdi o ônibus. 

O profe Aloísio estava bastante nervoso e eu sei que ele só queria me ajudar. E isso me deixou muito excitada. Ele me perguntou onde eu morava e seguiu naquela direção. Foi quando paramos num sinal vermelho. Sem perceber, eu comecei a passar a mão no pinto dele por cima da calça. "Meu Deus, o que eu estou fazendo?", eu pensei. Ele se assustou, tirou minha mão e ficou sem saber o que falar. Eu sabia que ele também queria e então insisti:


- Profe, eu vi como você me olhava na aula de hoje...


Ele então mudou a trajetória e seguiu com o carro para um lugar estranho. Minha vagina que já estava úmida agora estava ensopada. Passamos por um viaduto e chegamos numa rua quase deserta, quase sem nenhum movimento. A rua foi ficando cada vez mais deserta. Paramos o carro. Olhei em volta e não tinha mais ninguém ali. Dificilmente alguém passaria por ali e, como os vidros do carro possuíam película escura, ninguém poderia nos ver. Eu estava tremendo de tão nervosa e excitada ao mesmo tempo. Nem esperei o profe falar nada. Coloquei meu caderno e meu exemplar do volume I do Ser e Tempo traduzido pela Márcia Cavalcanti no chão e tirei meus tênis e minha camiseta. Aí novamente comecei a acariciar o pinto dele por cima da calça. Cheguei bem pertinho do ouvido dele, esfreguei meus seios em seu peito e sussurrei bem safadinha: "reage, profe". então abri o zíper daquela calça e tirei seu pinto para fora. Ele ainda estava meio mole, mas era bem grande e grosso, tinha uma cabeçona marrom. Quando ele viu meus seios de fora, o pintão dele ficou duro em um segundo. "Profe Aloísio, uau! Quem diria, nossa!" - exclamei. 


Comecei a bater uma punheta para ele e ele me olhava com uma cara de que não acreditava no que estava acontecendo. Tive nojo de chupar seu pinto, então peguei uma camisinha que estava na minha carteira, a coloquei carinhosamente no pinto do meu professor Aloísio e comecei a chupá-lo bem devagar, enquanto ele segurava e acariciava os meus cabelos. Olhei para o seu rosto velho e vi o imenso prazer que ele estava sentindo. Continuei com ainda mais vontade. Eu o fazia delirar, enquanto chupava com toda a categoria e experiência. Lambia da cabeça ao saco, mordiscava a cabecinha, engolia quase o pinto por inteiro e olhava para meu profe com uma cara de vagabunda. Ele só gemia gostoso. Depois me deitei no banco e disse que ele poderia fazer o que quisesse comigo. Ele apertou meus braços com força, chegando a me doer um pouquinho. E então começou a lamber e a chupar os meus seios. Eles estavam duros e empinados e meu professor de Metafísica II enchia suas mão com eles, apertava e os beijava. Depois ele abriu as minhas pernas e começou a beijar as minhas coxas e também a lambe-las. Em seguida desceu a língua em minha vagina. Abri mais as pernas enquanto ele enfiava a língua com força em mim. Vi que ele não sabia muito bem o que estava fazendo, pois nem tocou no meu clitóris. Então ele me penetrou com seu pintão e eu tive que conter o grito. Ele enfiou com muita raiva e tesão em razão de todo esse tempo de desejo acumulado em nossas aulas sobre o Ser e Tempo. 


Apesar de molhada, minha vagina é apertada e ele teve que ir forçando seu pinto cada vez mais e mais. E eu ficava cada vez mais louquinha. Depois que seu cacete filosófico estava inteiro dentro de mim, ele começou a meter com movimentos rápidos. Sentia que seu pênis iria furar o meu útero, devido a força que ele usava para me foder. Parecia que ele ia me rasgar no meio, porque era muito grosso o pinto do meu profe Aloísio. Enquanto ele metia em mim, eu apertava a bunda, arranhava o estofado do banco do carro e o chamava de heideggeriano gostoso. Daí ele tirou o pinto e mandou eu ficar de quatro no banco de trás do carro.


Ele beijou e lambeu minha bunda e minha vagina algumas vezes antes de voltar a botar seu pau em mim. Agora ele me comia com mais fúria e segurava os meus seios. Me senti uma cadela naquela posição. Mas estava gostoso e só isso era o que importava. Como eu estava louca de tesão, pedi pra ele gritar coisas heideggerianas para mim. 


- SER-NO-MUNDO, SER-COM-OS-OUTROS, SER-JUNTO-AS-COISAS, INDÍCIOS FORMAIS, DASEIN, DASEIN DAAAAAAASEEEEEEIN!!!!!! - ele gritava enquanto me fodia com muita força e tesão. 


Eu gozei como nunca havia gozado antes. Ele metia cada vez mais rápido gritando conceitos heideggerianos como um lunático. De repente ele gozou gemendo bastante. Acho que fazia tempo que meu profe Aloísio não transava. Quando ele tirou seu pinto de dentro de mim, vi a camisinha cheia. Eu estava muito cansada e então só me deitei no banco da frente. Ele também voltou para o banco do motorista e ficou brincando com o meu corpo, tocando meus seios e minhas coxas e me lambendo. Tentou me beijar na boca, mas eu não deixei porque não sou uma vagabunda. Então nos vestimos. Ele ligou o carro e me levou para casa. Quando descia do carro, ele me olhou e disse: 


- Olha, eu gostei muito de transar com você, mas sou seu professor e não quero problemas. Então ninguém pode ficar sabendo.


Eu fiz que sim apenas balançando a cabeça. Então virei as costas e iria me dirigir para  o portão de minha casa, quando o escutei falando:


-Ah, Cassia, não esqueça que semana que vem você terá que apresentar um seminário sobre a linguagem no capítulo dois de o Ser e Tempo.

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Bem, amiguinhos, essa foi a nossa convidada especial do dia, Cássia, a estudante de filosofia ninfomaníaca. O que vocês acharam de seu belo conto? Gostaram? Manifestem-se nos comentários e até breve!  



domingo, 7 de outubro de 2012

Post sem nenhum sentido do Chaleira


Às 
Às vezes...
Às vezes eu
Às vezes eu me pego. 
Às vezes eu me pego pensando. 
Às vezes eu me pego pensando em você. 
Às vezes eu me pego pensando.
Às vezes eu me pego.
Às vezes eu
Às vezes...
Às

(Esse foi o post sem nenhum sentido aparente do Chaleira, um oferecimento de SBT: terrível contra os insetos. Contra os insetos. Cultura, a gente vê por aqui. Heidegger, dê férias para seus pés)

Vamos acabar esse post com a imagem de um bebê rinoceronte, certo? Certo.  


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Dicas para melhorar o debate eleitoral

"Mina, cadê teu nariz???"
Como vocês já devem estar sabendo, hoje aconteceram os últimos debates do primeiro turno das eleições municipais. Eu não sei quanto a vocês, mas eu estou bastante decepcionado com o nível dos debates que tivemos nestas eleições. Não podemos deixar que a festa da democracia seja tão sem graça, gente. Por isto, na qualidade de cidadão responsável e pagador de impostos que sou, irei dar dicas para melhorar os debates do segundo turno das eleições (vai que alguém da Globo esteja lendo esse post, sei lá, beijo pra você Xuxa!)

- O debate será em um ringue e todos os candidatos estarão vestidos como gladiadores. Será chamado um candidato por vez, que entrará no ringue ao som daquela música do Rocky Balboa. 

- Se o candidato não responder a pergunta em dez segundos, perderá por nocaute. 

- O gongo soa no final de cada resposta. 

- No final e no começo de cada bloco entrará no ringue uma mulher de biquíni com uma placa anunciando o round que está acabando ou começando.

- O presidente do partido poderá jogar a toalha e desistir do debate em qualquer momento da disputa se achar que seu candidato corre risco de morte. 

- O candidato poderá se recusar a responder uma pergunta desde que consiga pegar os dez sabonetes na prova da banheira do Gugu. 

- O mediador e condutor do debate será o Bruno de Lucca.

Gente, deu a loca no De Lucca kkkkkkkkk

- Na madrugada do debate será exibido o Corujão do Debate, no qual políticos aposentados assistem e comentam os lances do debate, avaliando o desempenho de cada candidato e lamentando por a política de hoje não ser como a política de antigamente, em que os políticos debatiam com amor a camisa do partido e não pensavam tanto em dinheiro. 

Isso pode, Arnaldo???
- Evidentemente que o debate será narrado pelo Galvão Bueno ("RRRRRRRRRRRusssomaaanoooooo do PRB, haja coração!").

- Inclusão de candidatos argentinos, que são mais marrentos e malandros. Assim o Galvão poderá dizer "ganhar um debate é sempre bom, mas ganhar um debate de um argentino é melhor ainda, amigo!"

- Participação popular através das perguntas previsíveis do amigo internauta. 

- Entre uma pergunta e outra, uma apresentação com a bateria da escola de samba Mangueira ou com o grupo Olodum. 

- Debate Kids, com os filhos dos candidatos. 

- Escolher pelo site da Globo um mascote para o debate. Pode ser o Debatezinho, o Voto Certo ou o Votinho. 

- Quem erra a resposta para uma pergunta tem que tirar uma peça de roupa (sensual, né?). 

- O vencedor do debate ganha 10 mil reais em barras de ouro que valem mais do que dinheiro. 

- O vencedor do debate ganha também uma coroa e passa a ser chamado de o Rei do Debate. No final do ano ele disputa ao vivo no palco do Caldeirão do Huck, junto com outros candidatos vencedores de outros debates, o Super Debate, que resultará no Rei dos Reis do Debate ("Maestrobilly, som na caixa do Calderaaaaaaaão!")

- Todos os discursos finais serão escritos e falados pelo Pedro Bial.

- O mediador deve ficar fazendo provocações tentando fazer dois candidatos brigarem ("Vai deixar ele falar isso?" "Olha o que ele falou do teu partido" "Vish, meteu a mãe no meio" "Se diz isso pra um homem dá até morte...")

- O mediador fará comentários de duplo sentido questionando a sexualidade dos candidatos ("nossa ela tá nervosa" "uiuiui, ela quer mais investimentos na educação, que meda" "ui, como ela é perigosa")

- Parar o debate no meio da resposta de alguém para fazer propaganda da câmera digital Tekpix. 

- Decidir algumas questões do debate com um duelo de danças ou no braço de ferro.

- Distribuir cornetas e bolinhas de papel para o público do debate.

- Será permitido fazer perguntas sobre o tema "variedades", que incluirá questões como "Qual é o verdadeiro nome da Nina da novela Avenida Brasil?", "Qual a atual música de sucesso da dupla João Bosco e Vinicius?" e "Com qual ator global é casada a atriz Grazi Massafera?". 

- Os candidatos terão que acertar qual é a música que o Pablo Qual é a Música está dublando (afff tô abrindo parênteses do nada hoje em todas as frases)

- No meio da torcida de um dos partidos ficará o eufórico repórter Márcio Canuto, que entrará no ar a qualquer momento com uma animada entrevista. 
Que cachorro o quê??? Eu não sou cachorro, não.
- Os bastidores e as falhas de gravação todo mundo poderá ver lá Vídeo Show do dia seguinte. 

- Desfile com roupas de banho e desfile com roupas de gala com os candidatos (imagina que da hora o Serra lá de sunguinha kkkkkkkkk).

- Cada bloco do programa será encerrado com essa vinheta aqui: http://www.youtube.com/watch?v=ASVEw7NX-F4

- Escolha do Gato do Debate, com direito a vídeo do candidato passeando pela praia ao entardecer (vai Chalita!).

- Depois do debate terá um show com a banda Roupa Nova (só sucessos). 

Bom gente, agora só resta esperarmos alguém da produção da Rede Globo ver esse post e teremos um debate muito mais legal no segundo turno destas eleições. Bom final de semana para todos e votem com consciência (mas não com a consciência kantiana com suas categorias do entendimento kkkkkkkk é muito sem noção aquilo lá kkkkkkk). Um Beijo e que Papai do Céu proteja todos vocês. 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Post sério e bonitinho do Chaleira

Não cometa o grande erro de aos vinte e poucos anos escrever um post de amor. Porque aos vinte e poucos anos não se escrevem mais posts de amor. Quando você estava no colégio, conheceu aquela menininha de aparelho nos dentes e teve certeza que a amava. Como poderia não amar? Você não queria tocá-la e nem fazia questão de conversar com ela. Apenas se contentava com um "oi" a cada três dias e de às vezes sentar no mesmo banquinho na hora do recreio. Daí um dia você escreve um bilhetinho com "eu te amo" dentro de um coração. Assim você escreveu sua primeira coisa de amor. E estava tudo bem. Porque você ainda não tinha vinte e poucos anos. E só é errado escrever um post de amor aos vinte e poucos anos. Então o tempo passa, passa e passa. E você passa a negar o amor. Você nega, nega e nega. "E as namorada, Chaleira?" "Que namoradas o quê?" e você sai vermelho. Você, menino estranho, não quer ser estranho na frente dos outros, não é? De noite, sozinho no quarto, você pode escrever os poemas de amor mais feios do mundo. Porém nessa idade tudo bem escrever coisas de amor. O que é errado é aos vinte e poucos anos escrever um post de amor. E mais tarde você ama a Renata. Porque a Renata é linda, a Renata tem olhos bonitos, você gosta de ficar perto da Renata, a Renata é divertida, não é previsível, a Renata. Só que a Renata não dá bola pra você (ou pelo menos você não sabe se a Renata dá bola pra você). Um dia você manda uma mensagem por celular para a Renata. Ela ri de você, mostra para as amigas e agora você é o menino-esquisito. Mas no fundo ainda está tudo bem. Porque você ainda não fez vinte e poucos anos. E só aos vinte e poucos anos é errado escrever um post de amor. Por fim você decide nunca mais olhar para as garotas, mesmo que seu corpo não concorde muito com isso. Os amigos dizem que você precisa parar com essas coisas e aprender a fazer sexo. Você acredita e esquece as palavras de amor. O problema é que chega um dia em que mesmo não se importando mais com as garotas, você começa a se importar com uma garota. A garota. Porque ela sabe se vestir, porque ela tem bom gosto pra música, porque ela tem um olhar triste, porque ela é misteriosa, porque ela sorri diferente. Aí você sente vontade de voltar a escrever coisas de amor. Só que agora é tarde. Agora você não pode mais escrever coisas de amor. Porque você já tem vinte e poucos anos. E com vinte e poucos anos não se escrevem mais posts de amor. 

Esse foi o post sério e bonitinho do Chaleira, de acordo com a lei federal número 9142,21 (Brasil: um país de todos). Voltaremos a qualquer momento com a nossa programação normal.

Ou não. 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Dez regras para um churrasco com aura

Oi para vocês. Como nessa semana comemoramos a Revolução Farroupilha (vocês não acham incrível que o Brasil tenha feito a sua independência e daí duas semanas depois o Rio Grande do Sul foi lá e conquistou a dele?), eu, Chaleira Pitareli, vou presentear vocês, meus queridos dois leitores, com as dez regras para um churrasco com aura, afinal, não é toda semana que comemoramos uma revolução que não deu certo, né?
Então, canetinha, papel e tesoura sem ponta na mão, que aqui vão as dez regras para um churrasco com aura:


1- Só é permitido comer a carne que o tiozão der (nada de ficar pedindo um pedacinho sem gordura).
2- É proibido pegar a carne com palitinho.
3- Arroz off.
4- É obrigatório aos sobrinhos conversar sobre construções e reformas com os tios.
5- O tiozão deve levar um pratinho com farofa e carne para a mesa das esposas.
6- O tiozão bêbado tem que falar "agora vou botar um rock pauleira para os sobrinhos". Daí ele vai no carro e coloca Dire Straits tocar.
7- Maionese é por conta das tias.
8- A cerveja tem que estar gelando numa caixa de isopor e nunca no freezer ou na geladeira.
9- O tiozão uma hora tem que perder completamente a noção, dar cerveja para o sobrinho de 11 anos e falar: "já tá na hora de ele começar".
10- É função da tia sempre perguntar para o sobrinho: "e as namorada?"

Agora vocês já estão prontos para passar a Semana Farroupilha lembrando os bons tempos do churrasco de outrora, antes de o mundo, o Brasil e o Rio Grande perderem sua aurinha.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O dia em que Derrida desconstruiu Foucault e descobriu que ele não era gay






Século passado. Paris pós-guerra. Uma reunião entre os mais importantes intelectuais franceses termina com apenas dois homens sentados à mesa. Eles são Michel Foucault e Jacques Derrida.

Foucault: Mas como eu estava lhe dizendo, Derrida, suas ideias são fantásticas. Queria ver a cara do Heidegger quando ele leu o seu artigo dizendo que o ser não é o que há de mais originário e que o próprio Heidegger na verdade não passaria de mais um metafísico.
Foucault dá uma gargalhada.
Derrida (rindo também): Agora aquele nazistinha sabe o lugar dele, não é?

Foucault assume um semblante sério e se aproxima de Derrida.
Foucault: Derri...Posso lhe chamar de Derri? Preciso lhe perguntar algo muito sério.
Derrida (também agora muito sério): Então me pergunte, Foucault. Não pode haver cerimônias entre nós da elite intelectual européia.
Foucault: Vamos cair na noite? Borá lá?
Derrida (muito surpreso): Cair na noite, Foucault? Como assim?
Foucault: Vamos pra zoeira. Eu tô ligado que você é da zoeira. Hoje a patroa me deu passe livre. Vamos beber, agitar, pegar umas menininhas...
Derrida (ainda mais surpreso): Patroa? Beber? Agitar? PEGAR MENININHAS? Mas você é gay, Foucault!
Foucault: Sou o quê?
Derrida: Gay, você é gay, Foucault.
Foucault: Eu não sou gay. Nunca fui gay. Quem foi que disse que eu sou gay?
Derrida: Todo mundo diz. Paris inteira diz, a França inteira diz, a Europa toda diz que você é gay. Você é gay, Foucault.
Foucault: Isso é um absurdo! Como eu nunca soube disso, Derri? Eu até sou casado!
Derrida (com surpresa): Você é casado, Foucault?
Foucault: Sim, e tenho dois lindos filhos.
Derrida: Mas então por que a gente nunca te vê com sua esposa?
Foucault: Eu sou discreto em relação a minha vida particular, Derri. Isso é ser gay?
Derrida: Claro que não, por Deus, Foucault!

Foucault (agora rindo): Você acha que eu sou gay apenas porque escrevi a História da sexualidade... Então você também acha que eu sou louco, visto que também escrevi uma História da Loucura?
Derrida: Não é só esse livro, Foucault. Todo o seu pensamento é gay. “Isso é um cachimbo ou isso não é um cachimbo?”, admita que isso é muito gay...
Foucault: Falou o cara da différence, “olha só como uma letrinha muda tudo blábláblá”....
Derrida: Não são apenas suas ideias, Foucault. Você por si só já é muito gay.
Foucault: Como assim?
Derrida: Veja suas roupas, esse cachimbo, seu chapéu...
Foucault: O que eles têm?
Derrida: São gays, Foucault, eles são muito gays.
Foucault: Mas isto é um absurdo, Derri! Quem compra as minhas roupas é a minha mulher.
Derrida: E onde ela as compra?
Foucault: Les Galeries Lafayette.
Derrida: É uma loja para gays, Foucault.
Foucault: Como assim? O que isso quer dizer?
Derrida: Quer dizer que vende roupas para pessoas gays, é isso que quer dizer.
Foucault (surpreso): Mas que coisa! Preciso avisar a minha esposa...
Derrida (com desdenho): Sim, avise a sua esposa...

Foucault: Eu estou lhe dizendo, Derri, eu não sou gay.
Derrida: Você é, sim, gay, Foucault.
Foucault (irritado): Pare de dizer que sou gay. Eu não sou gay!
Derrida (irritado também): Pare de dizer que você não é gay. Você é gay!
Foucault: Não sou, não!
Derrida: É gay, sim.
Foucault: Não sou, não!
Derrida: Você é gay e pare de negar!
Foucault: Eu não sou gay! Isso que dá sair por aí desconstruindo o outro. Você acha que todo mundo é gay!
Derrida (recuperando a calma): Todo mundo não, Foucault, só você, só você que é gay.

Foucault: Então todos pensam que eu sou gay, Derri?
Derrida: Sim, todos pensam que você é gay.
Foucault: Até na Alemanha?
Derrida: Até na Alemanha, Foucault.
Foucault: Mas que coisa triste! Agora eu estou preocupado...
Derrida: Não há nada de errado em ser gay, Foucault...
Foucault: Eu sei, mas acontece que EU NÃO SOU GAY!

Derrida: Mas, esqueça isso, onde você quer ir agora?
Foucault: Estava pensando na Avignon. Eu sempre vou lá. É muito simpático e divertido.
Derrida: Sério? Na Avignon?
Foucault: Sim, na Avignon. O que tem demais?
Derrida: A Avignon é uma boate gay, Foucault.
Foucault: Uma o quê?
Derrida: Uma boate gay.
Foucault: E o que é isso?
Derrida: É uma boate frequentada por gays.
Foucault: Uma boate frequentada por gays? Mas que conceito fascinante! Esse mundo pós-moderno não cansa de me surpreender, viu Derri?
Derrida: Estou vendo, Foucault.
Foucault: Estou confuso. Tenho certeza que vejo por lá muitas mulheres bonitas.
Derrida: São homens, Foucault. Homens gays que se vestem de mulheres. São chamados de travestis.
Foucault: Alguns homens gays se vestem de mulher? Que mundo incrível esse em que vivemos, meu amigo! 

Derrida (cansado): Escolha outro lugar, Foucault. Vamos sair rápido daqui.
Foucault: Está bem. Então vamos para o Le Queen.
Derrida: Outra boate gay, Foucault. Preste atenção no nome da boate, Foucault. Ele já é gay.
Foucault: Tudo bem. Estou começando a ficar muito confuso. Então, Derri, escolha você para onde vamos. E não escolha nada gay, certo?
Derrida: Certo, vamos para um barzinho aqui perto. É simples, porém é adorável. Podes ficar tranqüilo que os gays não costumam frequentá-lo.
Foucault: Para mim está ótimo. Quero ficar longe de tudo que é gay por uns tempos. Apenas vamos encontrar um amigo que está me esperando logo aqui perto. Ele é estrangeiro. Filósofo também. Brilhante. Um pouco rústico e másculo demais, eu admito. Porém já foi herói de guerra.
Derrida: Ótimo! Adoro encontrar com o outro. Como se chama este seu amigo?
Foucault: Wittgenstein.