Tudo falta.
Falta o outro, o ser, o nada. Falta aura. Falta o abraço e o toque. A troca de olhares. A conversa.
Falta o riso
despretensioso em momentos irrelevantes. O comentário simpático sobre algo
extremamente desagradável. Falta sentir-se junto. Falta falar com alguém. Falta até a irritação de se seguir
a mesma rotina. Falta vida.
Tudo sobra: o
barulho irritante de cidade grande no final de semana, a vida que se perde no
meio do concreto e da noite, os mendigos sujos e fedidos pedindo moedas, o
cheiro da grama em um domingo movimentado na Redenção. Sobra vida.
Tudo novamente assim: em oposição.
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