Às vezes a raiva simplesmente me sufoca. Outras vezes parece que ela me fortalece e se expande com o passar do tempo. Tenho um medo terrível de ser visto, notado e reconhecido. Uma sensação contínua de que eu sou uma mosca perante todo mundo, desnecessária, humilhada e ofendida. E todas essas torturas e torturazinhas acrescentam um sabor especial à minha raiva. Às vezes eu consigo até me embriagar com minha raiva. Há certas horas que a vida parece um colega chato que a gente atura porque não dá para ficar invisível. Quando faço tudo diferente, tudo acaba igual. Queria pelo menos uma vez me dar ao luxo de não sentir nada.
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