te descobri frágil, como porcelana, apenas quando percebi os cacos espalhados pelo chão. com teu corpo quebrado em dezenas de pedaços coloridos, algum sumidos por debaixo dos móveis ou atrás das cortinas. eu te segurei, apertei entre os dedos, sem saber que toda essa força poderia te quebrar. como quem exagera na quantidade da água, tentando fortalecer a planta, mas acaba transbordando o vaso. eu tentei te proteger, esquecendo que tu não sobreviveria sem ar no escuro da caixa de papelão. queria que tu fosse só minha, e esqueci que a estrela mantém a beleza, mas morre quando é retirada de seu mar. eu precisei que a gente quebrasse, para descobrir que amor demais também pode destruir.
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