quarta-feira, 29 de março de 2017
Sobre dar um tempo
Eu te devo isso. E hoje, pensando no tempo que estamos dando e no tempo que ficamos juntos, o medo bateu. E bateu muito forte. Lembrei do nascimento de um amor. Poucos amores nascem, crescem e florescem. Normalmente parece que as pessoas nascem prontas, embrulhadas para presentes. Mas com você foi diferente. Fomos quebrando os espinhos aos poucos. Começou naquela aventura confusa e maravilhosa pelas ruas da CB. Era pra ser só um tacaço, lembra? Foi logo ali que eu aprendi a te respeitar. Depois, Porto Alegre, apezinhos na Venâncio, a relação se fortaleceu entre as madrugadas, bares e Netflix. Por isso, hoje, o medo veio muito forte. Eu não sei o que teria sido de mim sem você naquele momento. Não importam os motivos: foi intenso e caótico para nós dois. Eu sei, mas era você que estava comigo naquele apartamento, rindo das minhas piadas, me botando pra cima numa fase da minha vida em que o mundo inteiro me dizia que eu não era nada. Era você que estava lá comigo, e isso era só o que importava. Porque os verdadeiros casos de amor não surgem do nada, embrulhados para presentes. As pessoas são como flores: tem que saber como tocar e segurar. Se não, é sempre sangue e saudade. É bom ter
alguém para dividir as coisas. Ou somar. Às vezes muita coisa falta. Às vezes
muita coisa sobra e eu não sei onde guardar.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário