Em minha tese escrevi dois capítulos que possuem um sentido mais antropológico. O que eu disse lá foi muito pouco e muito pontual. Não foi nada de novo. Outras pessoas já disseram, e bem melhor. Ainda bem, porque isso me ajuda a entender o quão pequeno sou como ser humano, e como, na busca das respostas de minhas questões principais, apesar de urgentes, me aproprio com humildade de coisas alheias. Não quero enrolar muito nessa conversa e vou dizer logo o que quero dizer, mostrando meu enfrentamento e minhas conclusões mais explicitas. Meus dois capítulos antropológicos podem ser resumidos nestas palavras: precisamos perder a vergonha e apenas ser. Precisamos fazer isso já. E para somente ser precisamos aprender a lidar com nossa falta de transparência no agora. É fazer surgir, assim, um self despido de tudo, sobretudo de metafísica e arrogância, de grandiosidade e de medo. É fazer surgir um quase nada, algo que é muito pouco. Pode ser que sobre apenas uma sede a ser saciada, uma necessidade de tomar um banho, uma vontade de ficar um pouco quieto e sozinho, Uma coisa é certa: o que vai resultar dessa antropologia é sempre algo menor, muito menor.
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