quinta-feira, 14 de maio de 2015

depois 
quando já não existir depois 
não existe 
só existe o agora que continua
insistente
se eu fosse um menino ou uma menina de olhos grandes 
o agora telefonaria para mim ou 
pelo menos mandaria um
whats
pra que assim a gente se gostasse no primeiro
instante 
e viveríamos dias inteiros estragados 
por detalhes e aparelhos com 
defeitos 
e despencando dos cabides
como um gênero errado de filme ou um amigo
inconveniente 

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